jueves, 14 de diciembre de 2006

Tortilla Vegana

Unha tortilla sen ovos, flipa! Pois é moi sinxelo: nun prato misturas fariña, a ser posible integral, con leite de soja ou con auga simplemente, facendo unha mistura da consistencia dos ovos, na cantidade que precises, e xa tés o sustituto dos ovos, lóxicamente ten menos sabor que os ovos polo que as tortillas estarán millor botándolle verduras varias: cebola, pemento, calabacín, nabo, berenxena, cenoura, guisantes, remolacha, setas… O que queiras botarlle, o non te-lo sabor dos ovos tamén se aprecia millor o sabor das verduras. Fríes as verduras coma para unha tortilla normal e logo as mezclas ca mistura de fariña e botas todo na sartén sen casi aceite porque a fariña absorve todo e pode facerse moi pesada, e xa tes unha tortilla vegana, ideal para da-la nota en festas e tal.

Falafel

Deixar os garbanzos en remollo un ou dous días, cambiando a auga se fai falla, escurrilos ben e secalos un pouco cas mans antes de facelos puré, tentando que queden ben desfeitos, a esta masa engádeselle sal, un pouquiño de allo e cebola, unhas gotas de limón, e pementa negra. Quédalle moi ben uns anaquiños de pemento verde e tamén se lle adoita botar pirixel e cilantro frescos.

Feita a masa ponse a sartén ó lume con aceite abundante e mentras quece cas mans húmidas collemos anacos de masa cos que facemos boliñas do tamaño dun ollo humano, que aplastamos en forma de “hamburguesa” (como as de McRonald, Buaj!) tentando que non quede moi agrietada. Temos que comprobar que o aceite esté quente botando un anaquiño de allo, botaremos o falafel cando lle saían burbulliñas ó redor de modo que non trague todo o aceite e o deixamos facer sen que se dore moito pero tentando que quede ben feito por dentro (e que ten a súa complicación a merda do falafele…) e se as podemos poñer nun papel absorbente ó sacalos, millor…

…e esperade a que enfríen un pouco!

Tamén se pode facer con lentellas ou con guisantes en vez de garbanzos, quedan deliciosos cun pouco de pimentón e cenoura.

lunes, 11 de diciembre de 2006

Há que acabar com tudo isto

John Zerzan



A atual realidade está formada, como nunca esteve, de imensas penas e de cinismo: uma grande lágrima no coração da humanidade. O quotidiano vê aumentar a sua dose de horrores sem cessar acompanhada por um apocalipse rompante do meio ambiente. A alienação dos espíritos e os poluentes químicos disputam o predomínio na dialética da morte que rege a vida de uma sociedade dividida e gangrenada pela tecnologia. O cancro, desconhecido antes da civilização, transformou-se numa epidemia numa sociedade cada vez mais estéril e literalmente tumorosa.

Repentinamente, todos consumiremos drogas; sejam administradas sob regras ou vendidas sob contrabando, isto apenas é uma distinção formal. A terapia dos transtornos de cuidados oferece outro exemplo da tendência coercitiva da medicamentação da angústia e a agitação generalizada, que gera uma realidade cada vez mais frustrante. A ordem dominante fará, evidentemente, todo o possível por negar a realidade social. A sua tecnopsiquiatria considera o sofrimento humano como de natureza biológica e de origem genética.

Novas patologias, resistentes à medicina industrial estendem-se à escala planetária da mesma forma que o fundamentalismo religioso - sintoma de frustração e de profunda miséria psíquica. E à espiritualidade New Age (a filosofia para uso "dos caranguejos", segundo Adorno), assim como as inumeráveis terapias paralelas deleitam-se em vãs ilusões. Pretender que pode-se estar íntegro, esclarecido e em paz no seio da loucura atual é, de fato, aceitar esta loucura.

O fosso entre ricos e pobres alarga-se, particularmente neste país onde os sem-teto e os presos contam-se por milhões. A cólera aumenta e as mentiras da propaganda que fundamentam a sua sobrevivência não encontram já a mesma credibilidade. Este mundo, onde reina a falsidade, encontra apenas a adesão que merece: a desconfiança em direção às instituições é quase absoluta. Mas a vida social parece congelada, e o sofrimento dos jovens é sem dúvida o mais profundo. A taxa de homicídios entre adolescentes de 15 a 19 anos duplicou entre 1985 e 1991. O suicídio transformou-se em reação de procura de cada vez mais adolescentes, que não encontram forças para alcançar a idade adulta num inferno como este.

A nossa época pós-moderna encontra a sua expressão essencial no consumo e na tecnologia, que dão aos mass media a sua força estupefaciente. Imagens e slogans impactantes e fáceis de digerir impedem de ver o espetáculo terrorífico da dominação que repousa essencialmente sobre a simplicidade das representações. Inclusive os enganos mais flagrantes da sociedade podem servir para esta empresa de hipnose coletiva, como é o caso da violência, fonte de infinitas diversões. Seduzem-nos as representações de comportamentos ameaçantes, pois o aborrecimento é uma tortura maior que o espanto. A natureza, ou o que resta dela, reprova-nos amarguradamente o modo em que a existência atual está pervertida, frígida e adulterada. A morte do mundo natural e a penetração da tecnologia em todas as esferas da vida desenvolve-se a um ritmo cada vez mais rápido. A multidão informaticamente enlaçada, os marginais tecnóides, os ciber-não-importa-quê, a realidade virtual, a inteligência artificial... Até chegar à vida artificial, última ciência pós-moderna. Entretanto, a nossa Era da Computação "pós-industrial", tem com principal conseqüência a nossa transformação acelerada num "apêndice da máquina", como se dizia no século XIX. As estatísticas da administração judicial indicam, todavia, que as empresas, cada vez mais informatizadas, são o teatro de cerca de um milhão de delitos violentos por ano, e que o número de patrões assassinados duplicou nos 10 últimos anos.

O sistema, na sua atroz arrogância, espera que as suas vítimas se conformem votando e reciclando os seus resíduos, fazendo-lhes crer que tudo irá muito bem. O espectador é somente suposto, não tem de saber nada e não merece nada.

A civilização, a tecnologia e as divisões que dilaceram a sociedade, são componentes de um todo indissolúvel. Uma carreira para a morte, fundamentalmente hostil às diferenças qualitativas. A nossa resposta terá de ser qualitativa, sem fazer caso dos eternos paliativos quantitativos que reforçam, de fato, aquilo que queremos abolir.

Tradução de Manuel Oliveira


Extraído da páxina web Loita Luddita

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